quinta-feira, outubro 04, 2007

De quando à mesa há mais que comida

Não quis falar mais do que o necessário. Nada além do bom-dia educado e do com-licença para sair da mesa. Eu
Não senti o conforto de almoçar em mesa cheia de comida e gente. Não abri o sorriso que geralmente me espanta o desespero. Ela
Perguntava insistentemente, tentando arrancar qualquer resposta. Incomodava-se com a energia próxima, latejante. Ele
Fingiu que nada acontecia, nada havia de diferente. Mastigou um pouco mais do que o necessário algumas vezes, quando distraiu-se com o clima estabelecido. Ela
Achava que tinha a culpa, mas permanecera em silêncio, para evitar discórdias. Saiu da mesa depois de mim, a fim de uma conversa em particular. Um
Chocolate. Um
Beijo. Um
Abraço. Nós
Trocamos pouquíssimas palavras, por minha culpa, sempre. Eu
Chorei ainda mais depois. Ela
Dormiu de remorso e frustração. Nós

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

adorei.
isso dava um bom desdobramento, não? :*

11/10/07 11:02  
Blogger Ana Luísa said...

Isso de trocar poucas palavras e, depois, chorar e dormir de (com) remorso e frustração sou eu. :~

:*

26/10/09 13:52  
Blogger Ana Luísa said...

E ah!
Desdobramentos sempre há, Léli (Lellye?)... o lance é como eles se desenrolam...

26/10/09 13:53  
Blogger Ana Luísa said...

Tô sentindo falta daqui :
:*

8/12/09 01:20  

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