terça-feira, junho 06, 2006

De como eu te matei

Essa noite eu sonhei que te matava. Com gosto.
Usava uma faca de manteiga ainda suja de requeijão para abrir-te uma fenda do umbigo ao tórax. E você me pedia desculpas da maneira mais sincera possível. Sem medo de morrer, sem pedir pra que eu parasse. Sabíamos dos meus motivos... e você deixava lágrimas de remorso descerem pelo rosto, enquanto o sangue jorrava na cama.
Foi tudo tão lento, que meu olhar pode te dizer tudo o que eu sempre quis, silenciosamente. E você finalmente me compreendeu... com uma faca enterrada no ventre, pediu perdão. E eu perdoei, amor. Só assim pra você me entender.

4 Comments:

Blogger BeL said...

nossa.... trágico,né!
mas genial!

=**

6/6/06 17:39  
Blogger palavras que se diz said...

o cabo da faca era meio preto?
huahauhauhaauha beijao

27/6/06 00:03  
Anonymous Anônimo said...

caraleo, muito bom.

25/7/06 21:09  
Blogger Higgo said...

E tenho dito : estar em casa inibe o exercício criativo de Bruno Guaraná.
Volta logo, então, hein? Que falta dos teus textos..

7/8/06 00:52  

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