A amiga de Dorotéia
À noite, maquiava o rosto de Dorotéia, testando cada nuance, cada linha...
E pintava o próprio rosto se gostava da experiência. Era sempre assim...
Tinha Dorotéia como sua melhor amiga.
De súbito, teve aquele sentimento já comum. Em sua cabeça, martelava-lhe a idéia de que ninguém no mundo a amava, que estava sozinha, incompreendida... sozinha.
Uma lágrima caiu de um dos seus olhos e molhou Dorotéia, borrando toda a pintura que tinha feito. Tocou no rosto dela, frio, duro e espalhou a tinta, borrando-a ainda mais.
E pintava o próprio rosto se gostava da experiência. Era sempre assim...
Tinha Dorotéia como sua melhor amiga.
De súbito, teve aquele sentimento já comum. Em sua cabeça, martelava-lhe a idéia de que ninguém no mundo a amava, que estava sozinha, incompreendida... sozinha.
Uma lágrima caiu de um dos seus olhos e molhou Dorotéia, borrando toda a pintura que tinha feito. Tocou no rosto dela, frio, duro e espalhou a tinta, borrando-a ainda mais.
Triste, como se alguém a tivesse traído, colocou a boneca de plástico na maior boca do fogão, acendendo-a. Enjoada com o cheiro do plástico queimado, ficou lá por um bom tempo, admirando Dorotéia maquiada, pronta para morrrer nas chamas.