O papel
Começou a escrever sem saber o quê. Pelo simples fato de ter batido nela a vontade...
Riscava palavras aleatórias, aparentemente desconexas.
Tentava, com caneta e lápis à mão, ao melancólico som das músicas que ouvia, expulsar o vazio que dentro de si sentia.
Aquele vácuo era um nó na garganta, uma vontade incessante de gritar, de correr, de chorar.
E as lágrimas jorravam ao ritmo das palavras, molhando as desconexas melancolias que escrevia.
O papel começava a rasgar de tanto choro e palavra, de
Parou.
Releu o que escrevera e, surpresa, encontrou o sentido que procurava. Enxugou o rosto e foi abraçar o mundo, que ficava bem ali em frente.
Antes, amassou o papel e jogou no lixeiro da cozinha. Pensou que ninguém precisava saber de tudo aquilo, tão escancaradamente.
1 Comments:
pretildo, meu blog às vezes quer tender p esse lado de papel...mas sempre "rasgo" e escrevo de novo. hehehe adooro! =)
Beijo
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